CONTOS E CAUSOS
DA
2ª CIA ME MNT


O titulo GALHOFEIRO,
foi idéia do Cap Nélio


MINHA ADMIRAÇÃO E GRATIDÃO AOS EX INTEGRANTES
DA CIA ME MNT

Hoje, dedico meu pensamento e gratidão àqueles que fizeram da 2ª Companhia Média de Manutenção um verdadeiro lar, uma família de irmãos de farda. Cada desafio superado, cada conserto realizado, e cada missão cumprida é um testemunho do compromisso e da união que vos fortalece dia após dia.

Vossos laços foram forjados não apenas pelo trabalho duro e pelo suor, mas também pelas risadas compartilhadas e pelas histórias vividas. São mais que colegas; são amigos, companheiros que enfrentaram juntos cada obstáculo com coragem e determinação.

Que esta homenagem seja um lembrete do orgulho em pertencer a esta Companhia, onde o espírito de equipe e a dedicação de cada um fizeram a diferença. Que vossa união continue a nos inspirar, e que o brilho da 2ª Companhia Média de Manutenção nunca se apague, iluminando o caminho para aqueles que virão depois de nós.

Obrigado a todos, por terem me adotado, tenho muito orgulho disso.

Com gratidão e respeito,

Rangel



AVENTURA NO LAMI
Marion

Na década de 70, o praça Zé Cabeça, da Cia Média, decidiu aproveitar suas férias e pediu ao Marion, que possuía um jipe, para levá-lo até a Praia do Lami. Junto com ele, Zé Cabeça levou uma câmara de ar de um scout car.

Marion deixou Zé Cabeça na praia e voltou para a cidade. No domingo, Marion voltou à praia com o Sgt. Figueiró (já falecido) para visitar Zé Cabeça. Chegando lá, Marion resolveu subir na câmara de ar e se aventurar rio afora.

No entanto, quando estava na metade do rio, Marion pegou no sono, quando acordou um vento forte contra começou a soprar, arrastando Marion rio adentro. O pavor tomou conta de Marion, que se viu à mercê das forças da natureza, sem controle da situação. Começou a remar com os braços, tentando voltar à beira do rio.

Quando avistou os dois amigos, Zé Cabeça e Figueiró, viu que eles o estavam xingando por ter ido tão longe dentro do rio.

Mal sabiam eles que Marion estava apavorado, temendo morrer afogado. Só que, nesta parte em que ele estava, a água batia no máximo na barriga do vivente.


AS DORES DA TIA LILI
Sub Salazar

Era uma tarde quente de verão quando o praça Tavares decidiu visitar sua querida tia Lili no interior. Após meses de serviço exaustivo, ele finalmente teve uma folga e não via a hora de rever a tia que tanto amava. Ao chegar à casa simples, mas aconchegante de tia Lili, foi recebido com um sorriso caloroso e um abraço apertado.

No entanto, logo percebeu que algo não estava bem. Tia Lili, sempre tão enérgica, estava visivelmente abatida. Ao perguntar o que se passava, ela explicou que vinha sofrendo de dores pelo corpo há dias e que nada parecia aliviar seu sofrimento. Tavares, preocupado, perguntou se ela havia consultado um médico, mas ela apenas balançou a cabeça, dizendo que os remédios que tinha em casa não faziam efeito.

Tavares teve uma ideia. Ele carregava consigo alguns comprimidos de fontol. Com um olhar de esperança, ele entregou dois comprimidos a tia Lili e disse:

— Tia, esses comprimidos são muito usados na guerra. Confie em mim, eles vão ajudar.

Sem hesitar, tia Lili tomou os comprimidos com um copo de água. Eles conversaram um pouco mais, lembrando de histórias antigas e rindo das travessuras da família. Menos de duas horas depois, Tavares notou uma mudança. Tia Lili, que antes mal conseguia se mover, agora a via dançado pela casa.

— Meu sobrinho, não sinto mais nenhuma dor! Esses comprimidos são milagrosos! — exclamou ela, visivelmente aliviada.


PESCA NO AÇUDE DAS CAMÉLIAS EM TAPES/RS
Sub Salazar

Os praças da Companhia Média de Manutenção tinham uma paixão em comum: a pesca. Aos finais de semana, era comum vê-los reunidos em torno de um bom bate-papo sobre suas aventuras passadas e as estratégias para a próxima pescaria. Naquela semana, a conversa girava em torno do açude das Camélias em Tapes, um lugar famoso pela abundância de peixes, mas de acesso restrito. A única maneira de entrarem no açude era com a participação de Vitório, irmão do Taveres, que morava em Santa Maria. Porém, havia um grande obstáculo: a esposa de Vitório, era conhecida por seu temperamento difícil e não gostava nada das pescarias do marido.

Desesperados para conseguir a permissão para entrar no açude, os praças tiveram uma ideia: mandar um telegrama para Vitório, criando uma falsa emergência para que ele viesse sem levantar suspeitas. Após uma breve discussão, decidiram pela mensagem perfeita:

"Venha urgente, vovó muito mal, traga rede e espinhel."

Tavares se encarregou de enviar o telegrama. No dia seguinte, Vitório apareceu no quartel, preocupado com a situação da "vovó". Tavares, segurando o riso, explicou o plano a Vitório, após um breve momento de incredulidade, acabou rindo e concordando em participar da pescaria.

No sábado de manhã, os praças se reuniram na casa de Tavares, equipados com varas, iscas e o indispensável espinhel que Vitório trouxera. Após uma rápida viagem, chegaram ao açude das Camélias, onde foram recebidos pelo caseiro, um velho amigo de Vitório, que os deixou entrar sem problemas.

O açude era ainda mais bonito do que eles imaginavam. A água cristalina refletia o céu azul e as camélias ao redor do açude criavam um cenário de sonho. Montaram o acampamento rapidamente e logo estavam todos posicionados, prontos para lançar as redes e espinhéis.

O dia foi passando entre risos, histórias e muitos peixes. A cada captura, a euforia tomava conta do grupo. Vitório, um pescador experiente, ensinava técnicas novas aos demais, que absorviam cada dica com entusiasmo.

À medida que o sol começava a se pôr, a quantidade de peixes capturados já era suficiente para um banquete. Decidiram encerrar a pescaria e preparar uma fogueira para assar os peixes. O cheiro de peixe assado logo se misturou ao ar fresco da noite, criando uma atmosfera acolhedora e festiva.

Enquanto comiam, os praças não puderam deixar de agradecer a Vitório por ter vindo e a "vovó" por ter sido a desculpa perfeita. Riram bastante e compartilharam suas esperanças de que a esposa do Vitório nunca descobrisse a verdade.
v Com as barrigas cheias e os corações leves, os praças arrumaram suas coisas e começaram a jornada de volta. No caminho, as conversas já se voltavam para a próxima aventura de pesca, imaginando qual seria o próximo lugar a explorar e que desculpas poderiam usar para garantir a presença de Vitório novamente.

Na segunda-feira, de volta à rotina do quartel, Tavares não conseguia esconder o sorriso no rosto. A pescaria tinha sido um sucesso e, apesar das possíveis consequências, ele sabia que valeram a pena. Os laços de amizade entre os praças estavam mais fortes do que nunca, fortalecidos por mais uma história inesquecível de camaradagem e astúcia.

E assim, a lenda da pescaria no açude das Camélias se espalhou entre os praças, inspirando outros a buscar suas próprias aventuras e a valorizar ainda mais os momentos simples e preciosos compartilhados com amigos.


CAÇANDO UMA LEBRE
Anonimo

Na década de 60, em um pequeno vilarejo cercado por vastas florestas, quatro praças da Companhia Média de Manutenção decidiram embarcar em uma aventura fora do comum. Estavam entediados com a rotina e resolveram ir caçar lebres, um animal raro e quase mítico que povoava as histórias locais.

Após horas de busca sem sucesso, começaram a perder a esperança. Já estavam prestes a desistir quando um deles avistou algo se mexendo entre as folhas secas no chão. "Olha lá, um tatu!", exclamou empolgado. Decidiram então capturar o animal, na esperança de pelo menos voltar com alguma história para contar.

Um dos praças, tomado pela empolgação, pegou a arma e tentou usar a coronha para golpear o tatu e imobilizá-lo. Porém, no momento do impacto, ouviu-se um estalo alto. A coronha da arma quebrou-se instantaneamente, deixando os quatro em um misto de surpresa e frustração.

O tatu, assustado mas ileso, aproveitou a oportunidade para escapar rapidamente, desaparecendo na mata densa. Os quatro praças ficaram ali, parados, olhando para os pedaços da arma quebrada e rindo da sua própria inexperiência e do inesperado desfecho daquela aventura.

Voltaram ao vilarejo com as mãos vazias, mas com uma história memorável e um tanto cômica para contar aos seus colegas. E assim, a tentativa frustrada de capturar um tatu se tornou uma lenda local, recontada com humor e exagero a cada ano que passava.




A LAMBRETA
Anonimo

Era uma vez, na cidade de Canoas, um sargento do exército chamado (não vou citar o nome, por motivos óbvios). Ele era conhecido por ser um homem rigoroso e disciplinado, mas havia um detalhe curioso em sua rotina: sua velha lambreta. Este veículo tinha uma peculiaridade, só funcionava quando era empurrado para pegar no tranco.

Esse personagem servia num bairro tranquilo e, todos os dias, enfrentava o desafio de fazer sua lambreta pegar. Ele contava com a ajuda de seu conterrâneo e amigo, (tmb nao vou citar o nome). Este amigo era um homem robusto e sempre estava disposto a ajudar o Sargento. Todos os finasis de expediente, o amigo aparecia para empurrar a lambreta até que o motor roncasse e o veículo ganhasse vida.

Apesar de toda a boa vontade, essa tarefa não era fácil. A lambreta do Sargento era temperamental e, muitas vezes, precisava de um empurrão mais vigoroso. O amigo empurrava com toda a força enquanto o Sargento, sentado na lambreta, esperava o momento certo para dar partida. Não raro, a lambreta pegava no tranco e, com um ronco alto, o Sargento acelerava e partia em direção a Canoas, deixando o amigo para trás, ainda recuperando o fôlego do esforço.


O CLARIM DO CABO LÉO
Anonimo

No quartel de uma cidade, havia um corneteiro chamado CB Leo, conhecido por seu talento com o clarim e por sua habilidade em tocar com precisão cada sinal que marcava a rotina dos soldados. Sua reputação de excelente músico se espalhara, e ele era respeitado por todos.

Certa manhã, ao se preparar para tocar o sinal de despertar, CB Leo percebeu que seu clarim não emitia som algum. Intrigado, ele olhou mais de perto e notou que algo parecia estar bloqueando o instrumento. Tentou soprar com mais força, mas o som ainda não saía.

Leo então decidiu desmontar o clarim para verificar o que estava acontecendo. Para sua surpresa, encontrou um amontoado de papel higiênico encharcado de água entupindo o tubo do instrumento. Alguém havia feito uma brincadeira de mau gosto.

Furioso e preocupado em não conseguir cumprir suas funções, CB Leo correu para a sala do comandante. "Senhor, alguém sabotou meu clarim! Não consigo tocar o sinal de despertar", disse ele, mostrando o clarim entupido.

O comandante, um homem justo e sério, olhou a situação com desaprovação. "Isso é inaceitável, CB Leo. Vamos descobrir quem fez isso e garantir que não aconteça novamente. Mas primeiro, precisamos resolver o problema do clarim."

Com a ajuda de alguns soldados, CB Leo conseguiu limpar o clarim e, apesar do atraso, tocou o sinal de despertar, despertando o quartel. O dia seguiu seu curso, mas a busca pelo responsável pela brincadeira não parou.

Durante a investigação, descobriram que a travessura tinha sido obra de um Sargento novato, conhecido por suas piadas e travessuras. O Sargento, que fazia parte de um grupo chamado MAFIA DA MATHIAS VELHO foi chamado ao escritório do comandante.

"Sargento, você entende a gravidade de suas ações?", perguntou o comandante severamente.

Quando ele ele falou isso todos cairam na rizada e o Comandante o dispensou, pedindo para que nao se repetisse tal coisa.



A RODA TENSORA
Cap Osvino


Um dia, estávamos atrás do canto dos fundos da oficina e estava ali uma roda tensora em manutenção. Eu, em tom de brincadeira, disse:

- Essa roda está oval.

Todos começaram a olhar e dar opinião. Chamaram o Godoi, veio também o Muniz e chamaram o Cmt do Pelotão, que não lembro quem era. Decidiram fazer uma medição técnica. Resultado: a roda estava perfeita. Mesmo depois de todo esse LERO, ainda tinha uns que vinham, olhavam e diziam:

- Mas, que parece que está oval, parece mesmo.



O CARRETEIRO
Sgt Salazar


Vou contar uma coisa para vocês, pura verdade.
Inverno passado eu falei para minha esposa, que iria fazer um carreiro no capricho. Pode continuar costurando.
Fui para a cozinha, separei tudo que podia botar no carreteiro. Peguei a panela de ferro e comecei meu trabalho. Derepente ela entra na cozinha e me diz:

- Quero molhadinho com pão e um copo de vinho. Cumpri a ordem.

Coloquei a mesa, servi o vinho e o carreteiro, e pensei: "hoje eu agrado". Ela se serviu duas vezes, e eu rindo por dentro, achando que viria um elogio. Ai ela me disse:

- Não está bom tu já fez melhor.

"Deu vontade de que?" Kkkkkkk



O PARAFUSO QUEBRADO
Cap Osvino



Na oficina tinha o sgt Peruzzo, creio que serviu pouco tempo, ele tinha uma farmácia no centro. Um dia ele estava arrumando a caixa de câmbio de um carro particular de um oficial do QG, e apertou demais e quebrou um parafuso da tampa da caixa, nesse momento chegou o oficial dono do carro e foi na oficina ver o serviço.

Com o assoalho ainda fora e a caixa ainda exposta, o oficial passou a mão na tampa da caixa e ficou com a cabeça do parafuso na mão. O Peruzzo havia colado com cola 3M pra ninguém notar... imaginem a cacaca que deu. Eu acho que esse foi um dos motivos pelo qual ele largou o EB.


GB4

Cap Nélio



Os graxentos conhecem a geba (GB4), aos demais explico: "graxa consistente de coloração amarelada usada para vedação de partes do arrefecimento de veículos".

Peguei uma porção da lata e fui até o rancho e combinei a sacanagem com Osório, que ali atuava. Recheamos uma parte de pão e o colocamos junto a um pão inteiro em uma bancada na entrada da cozinha. Gaiatamente fiquei na barbearia do Adão, controlando. Logo, mas logo em seguida, surge Napoleão que além de gago era morto de fome. Sorrateiro, olha para um lado e para outro, dá uma controlada nos cozinheiros e, zap, surrupiou pão, camuflando-o dentro da japona. Esgueirou-se para o lado das garagens. Sem muita demora aparece o azarado se cuspindo, praguejando e, pasmem, sem gaguejar nenhum impropério. Naquele dia, minha mãe foi tão elogiada quanto mãe de juiz de futebol.


PARALELEPIPEDO
Cap Osvino


Na época do cb Oquelezio, também tinha o cb Souza, motorista. Viviam sacaneando os outros. Um dia estávam no pátio da garagem, chutando uma caixa de papelão que era invólucro de faróis de jeep. Nesse momento aparece o sub tenente Cobianchi, como este era muito brincalhão, eles colocaram um paralelepípedo dentro de uma caixa, puseram no meio do pátio e gritaram:

- CHUTA DAÍ, Sub Ten.

O Cobianchi enquadrou o corpo, armou uma corrida e tacou o pé. Resultado, 57 PALAVRÕES e duas semanas de pé engessado. As gargalhadas foram sufocadas atrás das viaturas.


CAUSOS DO CAPITÃO PALADINI


Em 1970 tinha um Sd 262 Meneses. Muitos soldados tinham medo do Posto 3. Um dia depois da meia-noite ouviu-se um tiro no Posto 3, na hora do Sd Meneses. Foi uma correria. Os quartéis entraram em alerta. Fui fazer barreira perto do BComEx. O Sd disse que viu um homem de camisa física branca no banhado atrás da Cia. No outra dia um homem veio cobrar da Cia a morte de uma vaca.

Outro conto. Muitos vão dizer que é mentira. Pura verdade.

Muitos viam assombração no Posto 3. Como o então, Sd Lopes. Largou o posto, a arma e disse que nunca mais tiraria serviço lá e assim foi.

O Sd Buz adoeceu e baixou o hospital. Na mesma época, eu também estava baixado. Ele tinha câncer na garganta. Eu lia as cartas que ele recebia dos parentes e escrevia as respostas. Logo depois ele faleceu. Então estava eu no bendito Posto 3. Eu gostava porque a gente podia ler, estudar e ouvir rádio. Lá pelas 21:30h, hora do lanche vislumbrei um Soldado que vinha me entregar o café preto e o pedaço de pão. Acompanhei ele até começar a subir a escada. Fui para a beira da escada receber o lanche, mas o Sd não levantava a cabeça. Quando ele quase chegou no topo da escada vi ele rindo e me entregando o lanche. Quem era? Era o Sd Buz. Congelei, não conseguia me mexer. Ele fou sumindo aos pouquinhos mas sempre rindo. O suador foi tanto que, quando o verdadeiro chegou para me trazer o lanche, pedi para o Soldado ficar no meu lugar e fui tomar um banho. Continuei no posto e nas outras vezez também. Ele nunca mais apareceu. Acreditem ou não.

Numa outra vez foi o seguinte. O Ten Alfranci Freitas Santos, na época era o S/3 da Cia. Ele tinha um radinho portátil em cima da mesa. Um dia o radinho desapareceu. Isto era raro. Durante as investigações encontraram o rádio no armário do Sd Menezes.



8º Batalhão Logístico
Cap Alexandre
(in memorian)

BRAÇO FORTE/MÃO AMIGA


         Lembramos com muito orgulho e satisfação o dia que transpusemos o "Portão das Armas" da 2a Cia Mé Mnt, no bairro Serraria - Porto Alegre.

         Era o inicio de uma nova era na vida daqueles jovens, saindo dos anos de juventude e entrando para a vida adulta. Quantas dúvidas pairavam sobre nossas cabeças e quantos sonhos acalentavamos naqueles dias.

         O primeiro contato com as lides castrenses e a orientação serena dos Sargentos e Oficiais ao transmitirem seus conhecimentos e experiências para aquele grupo eterogeneo de jovens aprendizes ( recrutas)...

         Envergar um fardamento pela primeira vez, o andar desajeitado com os novos coturnos e o peso da responsabilidade em sentir junto ao corpo aquela roupa verde-oliva. O aprendizado da postura, os primeiros deslocamentos em forma e em ordem unida, a reverência militar pela continência. Tudo fazia parte da nova vida que surgia diante de nós e que nos envolvia por completo.

         Jamais esqueceremos aqueles dias, por mais que o tempo passe... ficaram gravados na memória de cada um daqueles jovens.

         Passados tantos anos, temos viva em nossa memória todas aquelas situações vivenciadas, e hoje vemos as realizações do 8° B Log e nos transportamos no tempo e sentimos orgulho de termos pertencido ao embrião que juntamente com outras Organizações Militares de Serviço vieram a agrupar-se, por necessidade logística do Exército Brasileiro e formaram o 8° Batalhão Logístico.

         Fizeram parte dessa união e junção de Unidades, pequenas OMs como: 2º Cia Mé Mnt, 6ª Cia Int que formaram o 8° Batalhão de Logístico.

         Nós veteranos, hoje encanecidos e com o peso da idade nos ombros nos sentimos parte integrante desta que é uma Organização Militar de Elite na participação efetiva nos momentos atuais que hora passamos, em função do mal que se abate sobre nós, em termos de saúde e de atenção a toda população de seu território e de sua área de abrangência.

         Vemos diariamente o esforço de seus quadros, na distribuição e transporte de toda a gama de equipamentos e insumos necessários ao enfrentamento da pandemia que no assola.

         Incansáveis na sua missão de servir a população em geral, quer seja no transporte e montagem de Instalações de Campanha, para atendimento emergencial da população, quer seja prestando inestimaveis serviços nos diversos pontos de vacinação e em tantas outras missões que lhe são atribuídas - lá estão os integrantes do 8°B Log...

         Sentimo-nos um pouco responsáveis por tudo isso, lembrando que ajudamos a plantar a semente que, em solo fértil foi lançada naqueles tempos em que vivenciamos as transformações e as atualizações dos organogramas das Unidades que passaram a integrar o "nosso" querido 8°Batalhão Logístico.

         Sentimo-nos como minúsculas células que juntas formaram toda esta Organização Militar, pois ao agruparem-se criaram esta figura majestosa que hoje representa com muita Força, Garra e Perseverança o lema do nosso Exército Brasileiro - "BRAÇO FORTE/MÃO AMIGA".

         Almejamos a todos que integram os Quadros do 8°BLog, pleno êxito em sua nobre missão de bem servir à Pátria Brasileira e, se necessário for, contem conosco para ombrearmos juntos na defesa da nossa mais nobre missão - MANTER A PAZ.

         Mesmo com o peso das nossas responsabilidades ainda contamos com o mesmo vigor que nos motivou nos primórdios da nossa vida militar.
         Somos jovens a mais tempo, mas ainda vibramos com a mesma intensidade que tínhamos na nossa juventude.

         Oxalá possamos vencer mais esta batalha, e para isto estamos de pé e à ordem para o cumprimento do dever patriótico e não nos furtaremos em lutar lado-a-lado para a conquista do objetivo final.

         Saudações a todos os integrantes do 8° Batalhão Logístico pelo brilhante trabalho que vem sendo realizado até hoje e, saibam que aqueles que no passado hastearam o Pavilhão Nacional nas OMS embrionárias do Batalhão permanecem vivos e prontos para engrossar as fileiras, se preciso for, para a Vitória sobre o inimigo invisível...


BRASIL ACIMA DE TUDO


Honra e Glória ao Marechal-de-Exército
LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA
o Duque de Caxias